A Apple está incomodada.
O produtor do iPhone declarou na terça-feira que está entrando com uma ação legal contra a NSO Group, a companhia responsável pelo spyware Pegasus, amplamente utilizado para atacar jornalistas e defensores dos direitos humanos em diferentes países. A Apple está sendo direta e incisiva no processo.
A acusação feita no Distrito Norte da Califórnia descreve o Grupo NSO como hackers mercenários do século XXI, que desenvolveram tecnologia de vigilância cibernética altamente avançada, propensa a abusos frequentes e evidentes.
A Apple está também tentando obter uma ordem judicial permanente contra o Grupo NSO, a fim de impedir que a empresa israelense utilize os produtos ou serviços da Apple. Craig Federighi, vice-presidente sênior de engenharia de software da Apple, declarou que já é o bastante.
Segundo ele, é necessário mudar a situação em que atores financiados pelo Estado, como o Grupo NSO, investem grandes quantias em tecnologias avançadas de monitoramento sem serem responsabilizados de forma adequada.
O grupo chamou a atenção em agosto de 2021 quando uma coalizão de veículos de imprensa, no âmbito do Projeto Pegasus, divulgou detalhes sobre como governos autoritários em várias partes do mundo estavam utilizando a tecnologia de spyware de uma empresa para espionar jornalistas e ativistas de direitos humanos.
Após analisar suas demandas, o Grupo NSO rejeitou categoricamente as acusações infundadas mencionadas em seu relatório, conforme declarado em sua resposta naquele momento.
Outras grandes empresas de tecnologia, além da Apple, também estão tomando medidas legais contra o NSO Group. Em 2019, o Facebook, agora Meta, entrou com um processo contra o NSO Group, alegando que eles criaram e instalaram spyware em cerca de 1.400 dispositivos de usuários através do WhatsApp, que pertence ao Facebook. Esse processo ainda está em curso.
De forma significativa, a Apple está em busca de compensações. Em uma declaração oportuna, a Apple afirmou que pretende doar quaisquer compensações que receber para “instituições que promovem a pesquisa e a defesa do cibermonitoramento”.
Confidencialidade