Não incomodes os professores.
A Associação Nacional de Educação (NEA), um sindicato que representa educadores em todo o país, enviou um aviso aos CEOs de três grandes empresas de mídia social, apontando que suas plataformas estão promovendo e intensificando comportamentos preocupantes entre os estudantes. Os professores estão identificando essas empresas sem hesitação.
Em uma carta enviada aos diretores executivos do Facebook, Twitter e TikTok e publicada pelo Wall Street Journal, a presidente da NEA, Rebecca S. Pringle, expressou preocupação de que as políticas das plataformas de mídia social não só estejam incentivando comportamentos desonestos entre as crianças, mas também colocando os professores em risco iminente.
No ambiente online, informações enganosas e modas que se propagaram rapidamente em todas as redes sociais contribuíram para a disseminação de um clima de medo e violência, com os educadores sendo frequentemente alvos dessas situações, conforme expresso em uma carta datada de 8 de outubro.
Um representante do Twitter informou ao Mashable que a companhia recebeu a correspondência da NEA e planeja responder. Entramos em contato com o Facebook e o TikTok para obter comentários, porém ainda não obtivemos resposta imediata.
A carta NEA parecia ser uma resposta às novas tendências de mídias sociais lideradas por estudantes que estão fazendo as notícias. Algumas dessas tendências, como a mencionada prática desonesta de curtidas, em que crianças usam objetos da escola para ganhar curtidas nas redes sociais, eram relativamente inofensivas. No entanto, outras tendências, como a “escolha de um professor” no TikTok, seriam menos inofensivas se fossem reais – o que não está claro no caso da tendência de bofetadas.
Entretanto, conforme é habitual, parece que as crianças não são o principal motivo de preocupação.
A carta de Pringle mencionou um novo desafio relacionado às redes sociais que, segundo ela, está impactando os professores: os pais.
Por exemplo, o autor menciona o preocupante aumento de um grupo minoritário, porém violento, de adultos radicalizados que erroneamente acreditam que as escolas públicas do ensino fundamental e médio estão ministrando cursos de pós-graduação sobre racismo, devido à desinformação disseminada nas redes sociais. Também destaca a presença de outro pequeno grupo de extremistas que, de forma vocal, estão colocando em risco a segurança de crianças, educadores e famílias ao se oporem ao uso de máscaras, sob a alegação de que isso infringe a liberdade pessoal.
Em resumo, embora as mudanças nas tendências possam chamar a atenção, a radicalização dos pais nas redes sociais representa uma ameaça maior à segurança dos professores. Este tema tem sido muito discutido no país após o testemunho de Frances Haugen no Senado dos EUA.
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De acordo com o NEA, que está mantendo um compromisso de segurança pública com o Facebook, Twitter e TikTok, os professores não vão abandonar esta questão. Com sorte, talvez consigam influenciar essa crescente demanda.
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