Aconteceu rapidamente.
Em poucos dias após o anúncio da OnlyFans de que iria proibir conteúdo sexual explícito em seu site, a empresa decidiu voltar atrás em sua decisão.
Em 19 de agosto, a plataforma divulgou que iria proibir conteúdo sexual explícito em seu site a partir de 1 de outubro de 2021, o que gerou uma reação imediata. Alguns profissionais do sexo deixaram a plataforma logo após o anúncio, buscando alternativas de trabalho. Trabalhadores do sexo e ativistas expressaram que a proibição colocou suas vidas e fontes de renda em risco real, e a perda de confiança resultante não será facilmente superada.
O OnlyFans explicou que a proibição ocorreu devido à dificuldade de atrair investidores, apesar do grande número de usuários e criadores na plataforma. No entanto, alguns dias depois, a empresa afirmou em um tweet que havia obtido os apoios necessários para sustentar sua comunidade diversificada de criadores.
Quando o site Mashable questionou o OnlyFans sobre os acordos feitos com os bancos para permitir conteúdo sexualmente explícito em sua plataforma, a empresa optou por não comentar. Em vez disso, em um e-mail, eles afirmaram que as mudanças planejadas para 1º de outubro de 2021 não seriam mais implementadas, pois os parceiros bancários asseguraram que o OnlyFans poderia dar suporte a todos os tipos de criadores. Segundo a Variety, essa resolução pode ter surgido devido à pressão pública sobre a captação de recursos enquanto a plataforma continuava a crescer, mesmo sendo uma das maiores e mais lucrativas para criadores de conteúdo explícito.
Não está claro se o OnlyFans irá reintroduzir conteúdo sexualmente explícito de forma permanente, apesar de ter afirmado que apenas “suspendeu” a proibição. A plataforma ainda não forneceu uma resposta imediata ao pedido de comentário do Mashable sobre os detalhes ou o cronograma dessa alteração.
Diante da mudança, os profissionais do sexo não demonstram entusiasmo. Vários dos criadores do OnlyFans abandonaram a plataforma na semana passada, quando a proibição foi inicialmente anunciada, e alguns afirmam que estão deixando de utilizá-la. Alguns estão até organizando um protesto contra a discriminação bancária e da plataforma para o dia 1º de setembro.
“Certifique-se de manter os bancos e plataformas para o fogo prontos”, foi um tweet de apoio ao protesto que li. “Ainda não é uma conquista, mas também não é uma derrota!”
Atualização: 25 de agosto de 2021, 11:12 a.m. EDT – Este artigo foi modificado para incluir mais informações.
