Atualmente, relatos frequentes abordam situações em que a inteligência artificial é discriminatória e o reconhecimento facial resulta em detenções injustas.
Esses casos de viés não estão sendo abordados em relação às implicações em outras esferas da vida, como o uso de algoritmos de saúde que ignoram certas doenças em comunidades marginalizadas. A administração Biden reconhece a influência dessas tecnologias em constante evolução. Recentemente, em um artigo publicado na revista Wired, a Casa Branca mencionou esses exemplos e outros ao solicitar um “Bil de Direitos de IA”.
“A imposição de que as tecnologias avançadas devem aderir aos nossos princípios democráticos e ao valor da equidade para todos é defendida no artigo escrito por Eric Lander, assessor de ciência e tecnologia da Casa Branca, e Alondra Nelson, vice-diretora de ciência e sociedade. A incorporação desses conceitos pode contribuir para assegurar tal compromisso.”
Lander e Nelson destacam que não há diretrizes ou proteções específicas que governem as aplicações da inteligência artificial. Eles observam que há situações em que a tecnologia é utilizada de forma inadequada e também ressaltam a questão dos preconceitos inadvertidos.
Por exemplo, uma empresa que comercializa seu software de reconhecimento facial para autoridades policiais pode não ter a intenção de que seu produto erroneamente identifique uma pessoa inocente como um criminoso, mas isso está acontecendo. O fato de os desenvolvedores não terem intencionalmente utilizado dados defeituosos para acelerar o desenvolvimento do produto não é relevante para aqueles que sofrem consequências negativas reais como resultado.
A White House Office of Science and Technology Policy anunciou um pedido de feedback público para especialistas em inteligência artificial e aqueles que utilizam essa tecnologia. Eles também convidaram qualquer pessoa interessada a enviar seus comentários por e-mail para [email protected].
Segundo Axios, a Lei dos Direitos dos EUA, um texto com 230 anos e 652 palavras, continua sendo objeto de intenso debate.
A equipe da Casa Branca admite que enfrentará dificuldades, mas destaca a importância de manter a IA e a tecnologia de reconhecimento facial em conformidade com os padrões exigidos.
“Eles destacam que será desafiador criar uma legislação de direitos para uma sociedade impulsionada pela inteligência artificial, porém enfatizam a sua importância.”
Vídeo em destaque: A utilização da beleza como estratégia para bloquear o reconhecimento facial por um tecnólogo.
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